Pesquisadora do AB'Saber aprova artigo para Simpósio de Saúde & Ambiente
16/09/2014 21:46A professora Marly Veira Viana aprovou um importante trabalho para aspresentação no II Simpósio Brasileiro de Saúde e Ambiente que ocorrerá em Belo Horizonte, entre os dias 19 e 22 de outubro de 2014.
Com o título "CLIMA E IMPLICAÇÕES À SAÚDE: ANÁLISE DAS INTERNAÇÕES POR DOENÇAS
RESPIRATÓRIAS EM SÃO LUÍS (MA)." o trabalho analisa a sazonalidade climática nas internações hospitalares por
doenças respiratórias em São Luís, capital do Maranhão. Parabéns à professora/pesquisadora e desejamos sucesso na sua apresentação.
RESUMO:
Pesquisas apontam que as alterações no meio urbano geralmente trazem consequências
mais danosas que benéficas para o homem e comprometem de forma significativa, a
qualidade do ambiente urbano (LANSBERG, 1956; OKE, 1978). Assim, investigações
acerca do tema “saúde urbana” ganharam destaque entre os organismos internacionais de
saúde e nas pesquisas acadêmicas, reconhecendo a interação ambiente urbano e agravos
à saúde. Este estudo analisa a sazonalidade climática nas internações hospitalares por
doenças respiratórias em São Luís, capital do Maranhão. Estudo transversal da morbidade
hospitalar por doenças respiratórias de residentes no município de São Luís (MA), no
período de 2004 a 2013, através de dados de internações hospitalares do SUS, umidade
relativa do ar e temperatura do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e estimativas
populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram construídas
taxas médias de internações por doenças respiratórias por 100.000 habitantes e a
proporção média segundo a sazonalidade climática (chuva e seca). Utilizou-se o BioEstat
versão 5.3 para análise dos dados, com as diferenças de proporção testadas através do
teste do qui-quadrado, ao nível de significância de 5%. Os resultados demonstraram que a
taxa média de internações por doenças respiratórias por 100.000 habitantes foi maior nos
anos de 2004 (t=557,30), 2005 (t=511,74) e 2009 (513,19) e menor em 2013 (t=315,11). As
internações por doenças respiratórias foram em média 16% mais frequentes no período
chuvoso (χ2=39,46; ρ=0,000). Observou-se picos de internações nos meses de março e
maio, mais acentuados em maio, período chuvoso na região. Nos meses de agosto a
dezembro houve redução da freqüência de internações período de seca na região. O estudo
revela que as internações por doenças respiratórias foram mais freqüentes no período
chuvoso, configurando-se como período mais vulnerável à ocorrência de internações
hospitalares por doenças respiratórias.