NOTÍCIA 07/2018: Artigo publicado na CAMPO-TERRITÓRIO (Revista de Geografia Agrária)

12/06/2018 07:26

O professor Raifran Abidimar de Castro acaba de publicar um artigo na Revista de Geografia Agrária (CAMPO-TERRITÓRIO), um dos periódicos brasileiros mais importantes na área de ciências humanas e ambientais, e que divulga pesquisas sobre temáticas como território e territorialidade, bem como suas interligações com questões socioambientais.

Com o título "Territorialização do capital e influência nas resistências comunitárias na Amazônia maranhense", o professor Raifran apresenta análises sobre os investimentos corporativos em comunidades rurais, e como estes influem nas manifestações camponesas contra os grandes projetos econômicos.

Texto completo: absaber.webnode.com/news/artigo-territorializacao-do-capital-e-influencia-nas-resistencias-comunitarias-na-amazonia-maranhense/

RESUMO: O objetivo deste artigo é apresentar como a mineradora Vale S/A e a silvicultora Suzano Papel e Celulose S/A utilizam de referenciais simbólicos para ampliar suas capacidades de territorialização em comunidades rurais; respectivamente no Assentamento Francisco Romão, e na Reserva Extrativista do Ciriáco, ambas no oeste maranhense. As duas empresas foram selecionadas por representarem os maiores investimentos públicos e privados na região em décadas; e as comunidades pela proximidade destas aos aparatos indústrias e logísticas da mineradora e da silvicultora. Para isso foram analisados documentos das duas empresas; atas de reuniões destas com as comunidades; acompanhamento da ação dos representantes empresariais em campo; e análise de relatos e avaliações dos comunitários sobre a ação destas empresas. Tem-se que as empresas ulizam os momentos de relação com as comunidades, bem como dos seus investimentos financeiros, para estabelecerem referenciais simbólicos de dominação; além disso, conseguem ampliar seus poderes sobre os territórios comunitários através da instalação de obras de infraestrutura que se tornam símbolos positivos da ação empresarial. Com isso, os comunitários passam a considerar que existem pontos positivos nos investimentos em grandes projetos econômicos, iniciando-se um processo de aprovação parcial das empresas por integrantes das comunidades rurais.

Papel e Celulose S/A utilizam de referenciais simbólicos para ampliar suas capacidades
de territorialização em comunidades rurais; respectivamente no Assentamento Francisco
Romão, e na Reserva Extrativista do Ciriáco, ambas no oeste maranhense. As duas
empresas foram selecionadas por representarem os maiores investimentos públicos e
privados na região em décadas; e as comunidades pela proximidade destas aos aparatos
indústrias e logísticas da mineradora e da silvicultora. Para isso foram analisados
documentos das duas empresas; atas de reuniões destas com as comunidades;
acompanhamento da ação dos representantes empresariais em campo; e análise de relatos
e avaliações dos comunitários sobre a ação destas empresas. Tem-se que as empresas
utilizam os momentos de relação com as comunidades, bem como dos seus investimentos
financeiros, para estabelecerem referenciais simbólicos de dominação; além disso,
conseguem ampliar seus poderes sobre os territórios comunitários através da instalação
de obras de infraestrutura que se tornam símbolos positivos da ação empresarial. Com
isso, os comunitários passam a considerar que existem pontos positivos nos investimentos
em grandes projetos econômicos, iniciando-se um processo de aprovação parcial das
empresas por integrantes das comunidades rurais.